Madrid

•12/05/2012 • Deixe um comentário

Diferentemente do que se pensa em vista desse título, o post não é sobre o primo rico de Madrid, o todo poderoso Real, mas sim do primo pobre, Atlético de Madrid.

Na última Quarta-Feira (eu acho), o clube sagrou-se campeão da UEFA Europe League, que é o segundo título mais importante do continente europeu (depois da UEFA Champions League), o equivalente à Sul-Americana para nós latino-americanos.

Eu assisti a uma parte do jogo (admito que não assisti toda a partida) e gostei muito do que vi. Dois belos times, ambos espanhóis, Athletic Bilbao e Atlético de Madrid, disputando uma partida muito agradável de se assistir; só não tão boa aos olhos dos “bilbanenses”. Dois times com jogadores muito notáveis como Falcão García, Diego, Miranda, Javi Matinez, Iker Muniain e Fernando Llorente.

Bom, essa paridade de craques não foi convertida em equilíbrio no jogo, visto que o Atlético de Madrid ganhou por 3 a 0, com dois gols de Falcão García e um do meio-campista brasileiro Diego (que para muitos torcedores brasileiros simplesmente desapareceu da face da Terra, mas na realidade pertence ao Wolfsburg e está emprestado ao Atlético de Madrid).

Depois desse jogo eu percebi que a mídia precisa dar mais valor a esse tipo de campeonato e a esses times também. É claro quaisquer times espanhóis vivem à sombra de Barcelona e Real Madrid, que são os dois maiores times do mundo (mesmo com a eliminação na UEFA Champions League), mas se a mídia desse um pouco mais de foco em outros times, todos veriam que o bom futebol não está concentrado só nos gigantes da Espanha, mas que dando mais atenção aos outros times pode-se talvez ter até mais “diversão” do que assistindo os jogos dos super times.

Nesse jogo, por exemplo, pôde-se ver uma grande atuação de um dois atacantes da atualidade que tem mais domínio, controle, habilidade e perfeição dentro da área: Falcão García; num jogo de 3 golaços, dos quais 2 foram do atacante colombiano. Além de podermos ver em ação o “esquecido” Diego, que também fez um golaço, por sinal.

Na minha opinião, o Diego tem lugar na seleção brasileira, até porque é uma posição totalmente em aberto na seleção canarinho. Seria um jogador que acrescentaria em futebol e muito em experiência, que é o que hoje a seleção mais precisa, de solidez, de referências. Uma seleção reunindo meias como Ganso, Lucas, Diego e Kaká seria espetacular, “show-soccer” e “consistente”!

Diego comemora após marcar o terceiro gol da final diante do Bilbao

Liderança, seleção estruturada

•07/04/2012 • Deixe um comentário

Apesar de em princípio esse post parecer abordar essencialmente a convocação da seleção brasileira de futebol para os Jogos Olímpicos de Londres, não é bem isso, na realidade é muito mais “profundo”, “reflexivo” e relevante do que isso.

O técnico da seleção brasileira Mano Menezes, divulgou a pré-lista de jogadores para as Olimpíadas de Londres, em Julho, com 52 nomes relacionados. Essa lista será diminuída para 35 nomes no dia 8 de Junho, e nenhum jogador além dos 52 inicialmente relacionados poderá ir às Olimpíadas. O regulamento permite a convocação de 3 jogadores acima da “idade olímpica” (23 anos), e nessa pré-lista é 16 a quantidade desses jogadores que foram relacionados. Segue abaixo a lista completa dos 52 jogadores que serão observados pelo técnico da seleção brasileira até o dia da convocação final (6 de Julho), quando apenas 18 jogadores serão relacionados para compor a delegação brasileira no torneio internacional:

P.s.: Em negrito os jogadores acima de 23 anos.

GoleirosDiego Alves (Valencia), Gabriel (Cruzeiro), Jefferson (Botafogo), Julio César (Inter de Milão), Neto (Fiorentina), Rafael Cabral (Santos) e Renan Ribeiro (Atlético-MG).

LateraisAdriano (Barcelona), Alex Sandro (Porto), Daniel Alves (Barcelona), Danilo (Porto), Fágner (Vasco), Gabriel Silva (Novara), Galhardo (Flamengo), Marcelo (Real Madrid) e Rafael (Manchester United).

Zagueiros: Bruno Uvini (Tottenham), David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco), Juan (Inter de Milão), Lucas Mendes (Coritiba), Luisão (Benfica), Marquinhos (Corinthians), Romário (Internacional) e Thiago Silva (Milan).

Volantes: Allan (Vasco), Casemiro (São Paulo), Elias (Sporting), Fernandinho (Shakhtar Donetsk), Fernando (Grêmio), Rômulo (Vasco) e Sandro (Tottenham).

Meias: Bernard (Atlético-MG), Douglas Costa (Shakhtar Donetsk), Dudu (Dínamo de Kiev), Elkeson (Botafogo), Paulo Henrique Ganso (Santos), Giuliano (Dnipro), Hernanes (Lazio), Lucas (São Paulo), Oscar (Internacional) e Philippe Coutinho (Espanyol).

Atacantes: Alexandre Pato (Milan), André (Atlético-MG), Henrique (Granada), Hulk (Porto),Jonas (Valencia), Leandro Damião (Internacional), Neymar (Santos), Ronaldinho Gaúcho(Flamengo), Wellington Nem (Fluminense) e Willian José (São Paulo).

Bom, sempre haverão discordâncias a respeito de convocações, portanto, como de costume, hei de expor as minhas questões diante dessa lista.

Antes de falar sobre a convocação e seus “afluentes” é importante ressaltar que as Olimpíadas, além de maior evento esportivo do mundo, serve de “laboratório” para a Copa do Mundo, no que diz respeito a futebol. Sim, o torneio é um teste para algumas seleções nacionais, como por exemplo, é o caso do Brasil; e vale a pena lembrar que a seleção brasileira de futebol nunca ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Porém, especialmente no caso deste ano, a competição intercontinental é muito importante para a Copa do Mundo de 2014, devido ao fato de que a seleção principal tem uma média de idade muito baixa, assim é fácil concluir que grande parte da seleção olímpica é a seleção que em princípio jogará a copa no Brasil.

A baixa média de idade entre os jogadores da seleção principal que fazem parte dos planos para 2014, como Neymar (principal jogador brasileiro na atualidade) justifica a importância das Olimpíadas de Londres

Primeiro, o número excessivo de jogadores nessa pré-lista reflete o que é até agora a seleção “maneira”, uma seleção sem rumo, desestruturada, sem afirmação, sem firmeza, sem identidade! O que define com clareza essa seleção é essa palavra: Identidade! É o que não existe atualmente nesse time. Ao todo foram 81 jogadores diferentes já convocados em diferentes ocasiões por Mano Menezes, e esse número é muito alto e preocupante! Uma seleção vitoriosa tem que ter identidade, ou melhor, para uma seleção ser vitoriosa tem que ter identidade! Não é a identidade que depende da vitória, e sim a vitória que depende da identidade. Além disso, uma seleção tem que ter liderança, diretriz, aquelas pessoas, aqueles jogadores que têm experiência, e que naquele momento decisivo vai chamar a responsabilidade e vai dizer: “Ei! Não é assim, é por aqui!” (o jogador que vai direcionar os mais “imaturos”). E falando sobre um caso em específico, o Mano insiste em convocar o Ronaldinho Gaúcho, com esse desempenho pífio no Flamengo, e sem mostrar nada de relevante em seus jogos com a amarelinha. Primeiro, se a seleção precisa de um líder (um jogador experiente), este tem que apresentar liderança, como é se auto define a palavra “líder”, e segundo, ele precisa apresentar, além de liderança, bom futebol. O Ronaldo não atende a nenhum dois dois requisitos; Ronaldinho, líder, só se for de roda de pagode ou de recreação. Ele não tem nenhum atributo de liderança, nem bom futebol! Se é pra ter alguém que atende aos dois requisitos, por que não convocar o Kaká, que está voltando à boa forma e ao bom futebol jogando no Real Madrid, fazendo belas atuações e que é um jogador sério e por sinal muito mais maduro do que o Ronaldinho? É uma simples questão de bom senso; a própria carreira do Kaká é muito mais madura do que a do Ronaldinho, por uma outra simples questão, a de personalidade. Não estou dizendo que a do Ronaldinho é pior ou melhor do que a do Kaká, é apenas diferente, mas que por essa diferença o Gaúcho indiscutivelmente teve e tem uma carreira muito mais conturbada em questões de disciplina do que a do Kaká, e também pode-se concluir que o mesmo não é exemplo de disciplina e liderança para os jogadores mais jovens; e isso não é preconceito, é bom senso. Levando em conta tudo isso, fica implícita e “vagando no ar” uma disputa, um antagonismo entre Kaká e Ronaldinho na seleção, mas não é bem assim, porque a presença ou permanência de um não depende da ausência do outro, os dois podem jogar juntos, ou pode ser que nenhum dos dois jogue. A minha opinião favorável à convocação do Kaká para ser o camisa 10 e capitão da seleção brasileira não está diretamente ligada, ou seja, não é consequência da minha opinião desfavorável à convocação do R10, eu tenho essas opiniões isoladamente, a respeito de cada um deles sem pensar no outro, mas por uma questão de pertinência essa comparação entre os dois é palpável.

Além do Kaká, temos outros jogadores que também não são tão jovens que podem ser líderes, referências para os mais jovens, como o zagueiro Lúcio, o goleiro Júlio César, o próprio Thiago Silva, entre outros; não precisa ser necessariamente o Kaká, mas eu acho que deveria ser.

Zagueiro Lúcio, 33 anos, 103 jogos pela amarelinha, futebol de garoto, ainda um dos melhores e mais temidos zagueiros do mundo, líder!

Em relação à lista dos 52 nomes, eu acho que a gente já pode ter mais ou menos uma ideia do que pode aparecer lá em Londres, a lista pode ser consideravelmente reduzida, colocando alguns nomes mais prováveis, outros que poderiam ser testados por não ter muitas chances na seleção principal, outros ainda precisando mostrar mais futebol, precisando ser mais testados… Eis aqui uma lista reduzida:

Goleiros:
Neto (Fiorentina)
Rafael (Santos)
Renan Ribeiro (Atlético-MG)
Gabriel (Cruzeiro)

Laterais:
Alex Sandro (Porto)
Danilo (Porto)
Fágner (Vasco)
Rafael (Man. United)

Zagueiros:
Bruno Uvini (Tottenham)
David Luiz (Chelsea)
Dedé (Vasco)
Juan (Inter de Milão)
Lucas Mendes (Coritiba)
Thiago Silva (Milan)

Volantes:
Casemiro (São Paulo)
Fernando (Grêmio)
Rômulo (Vasco)
Sandro (Tottenham)

Meias:
Douglas Costa (Shaktar Donetsk)
PH Ganso (Santos)
Lucas (São Paulo)
Oscar (Internacional)
Philippe Coutinho (Espanyol)

Atacantes:
Alexandre Pato (Milan)
Leandro Damião (Internacional)
Neymar (Santos)
Wellington Nem (Fluminense)
William José (São Paulo)
Ronaldinho Gaúcho (Flamengo)

Primeiramente, eu concordo em não colocar o Kaká nessa lista, simplesmente para não prejudicar sua preparação física, o deixando sem fazer pré-temporada com o time. Desta forma ganhando mais resistência física e menor suscetibilidade a lesões, as quais o atormentaram em tempos recentes.

"As coisas estão acontecendo" - Kaká em ótima fase, reencontra seu futebol, fazendo dupla de ouro com Cristiano Ronaldo, no Real Madrid

Quanto aos goleiros, eu acho que deveriam ser convocados apenas os que possuem a idade olímpica, como coloquei na lista reduzida. Acho que a convocação do zagueiro Dedé é imprescindível e muito provável, sendo ele um jogador já acima de 23 anos, restando apenas 2 jogadores fora dessa faixa etária para serem convocados, dentre os quais provavelmente Ronaldinho Gaúcho estará enquadrado. Desta forma, a última vaga de jogador acima dos 23 anos é que fica mais aberta, mais em dúvida.

É claro que tudo isso é mera especulação, porque futebol é futebol, e todas as circunstâncias podem mudar, jogadores da pré-lista do Mano, mas que eu não coloquei na minha lista reduzida, podem, até a data da diminuição da lista ou da convocação final, “explodirem” num desempenho espetacular e superar todas as expectativas; por que não?

As Olimpíadas de Londres servirão de filtro, muito importante, para a Copa do Mundo de 2014 e eu espero que a partir daí a cara, a identidade da seleção brasileira venha sendo formada, que a seleção de jogadores vá se afunilando até fechar um grupo que possa fazer sempre junto os amistosos, pra que os jogadores se conheçam, se entrosem, e formem uma seleção que além de vitoriosa, que impõe temor nos adversários (como impunha a seleção canarinho de tempos anteriores), jogue um futebol bonito e eficiente o bastante para bater a Espanha, que é a seleção a ser batida, e que pra mim, vai ser campeã novamente em 2014 (torço pra que não seja). Mas tem aquilo também, tudo é especulação, futebol é futebol, vai que novos “Neymares” e “Gansos” surgem de repente, vai que tudo muda, dá uma reviravolta… Isso é futebol.

Dai a Messi o que era de César

•21/03/2012 • Deixe um comentário

Ao marcar 3 gols na vitória do Barcelona sobre o Granada por 5 a 2 pela Liga Espanhola, Lionel Messi se tornou o maior goleador da história do Barça.

Com apenas 24 anos, o argentino é o melhor jogador da atualidade, eleito por 3 vezes consecutivas (o único jogador a ganhar tantas vezes seguidas) o melhor do mundo, assim como Ronaldo e Zidane (assim como La Pulga os maiores ganhadores do prêmio) e maior artilheiro da história dos Culés do Barcelona; simplesmente, admiravelmente, messimente sensacional.

O argentino ultrapassou o recorde de César Rodriguez (232 gols) e tem 234 gols com a camisa do time azul-grená, além de no passe para o gol de Xavi contra o Granada ele atingir também a marca de 100 assistências. Então eis aqui todos esses 234 em 14… minutos:

E as 100 assistências:

lionel_messi_100_assists_2005_2012

Espero que El Pibe continue por muito tempo a fazer as coisas espetaculares que ele faz com a bola no pé, encantando e me deixando sen palavras.

Realidade “técnica”!

•03/02/2012 • Deixe um comentário

Eu cansei de ver técnico sendo demitido injustamente! A recente demissão do Vanderlei Luxemburgo do Flamengo foi o estopim e a pressão da torcida do Botafogo para a saída do Oswaldo de Oliveira me irrita mais ainda!

Quem disse que o treinador é necessariamente o culpado pelas derrotas de um time? Quando um treinador chega em um time e começa a ganhar ele é o “the best”, aí quando o desempenho já não é mais o mesmo a torcida clama pela demissão do mesmo, e como se a torcida mandasse no clube, a diretoria atende. Por que não demite o jogador que está jogando mal? Por que não demite um jogador que perdeu um monte de gols “feitos”, ou que chega atrasado nos treinos? E aquele que é pego no flagra com mulher no quarto “na concentração”?

Contudo, o que mais me irrita é diretoria “bocó”! O treinador fica vendo os outros clubes se reforçarem, enquanto a diretoria não faz nada! Os pedidos reforços não vêm! Isso é a diretoria do Flamengo; nada pessoal, mas é ridículo.

Após o incidente em que o ex-treinador do Flamengo flagrou o astro Ronaldinho na concentração com um mulher no quarto tudo ficou muito claro, o que já existia mas não era exposto enfim foi “jogado no ventilador”! A diretoria do Flamengo não se posiciona em relação ao acontecido, isso mostra uma péssima gestão e falta de pulso. Quem manda no time não é o treinador, nem a presidente, é o jogador que é mais bem pago. “Regalia de jogador bom é o salário”! Frase dita por Luxemburgo em sua entrevista à imprensa poderia ser muito bem patentiada! Como se não bastasse o jogador ganhar 2 milhões por mês ele ainda faz a presidente de pau mandado!

– Eu não tenho que almoçar com jogador de futebol, ter relação fora do futebol. E, ano passado, foram ditas algumas coisas que não são cabíveis dentro do futebol. Não quero o Ronaldinho para casar com a minha filha, quero o Ronaldinho para jogar futebol e cumprir com seus compromissos. A regalia que um atleta de alto nível tem que ter é o salário que ele ganha. O clube é soberano. Não pode ficar refém de jogador, dirigente, técnico, da presidente, de ninguém. O clube é sempre soberano nesse processo. Tem que perguntar para Patricia (se o clube é refém de Ronaldinho). – Disse Luxa

Um treinador não consegue ter o controle de uma equipe sem o respaldo da diretoria do clube, e assim foi a diretoria do Flamengo, anti-ética, não soube impor a hierarquia, se tornou refém de jogador, isso é despotismo!

Quer saber? Não é exclusividade do rubro-negro, eu acho. Na minha opinião o time do Fluminense é refém do artilheiro Fred, que mesmo quando não joga bem é mantido no time. Tudo bem, foi extremamente importante para o time, porém só joga nos momentos difíceis ou muito importantes, como no final dos campeonatos. O Rafael Moura tem tanta condição quanto o Fred de ser titular desse time, e talvez seja até melhor do que o mesmo.

Isso é futebol brasileiro!

Luxemburgo na coletiva do Flamengo de despedida (Foto: Fabio Rossi / Ag. O Globo)

“Barcelona nos ensinou futebol”!

•18/12/2011 • Deixe um comentário

Bom, o título do post é frase do craque santista Neymar, após a final do mundial de clubes da FIFA . Espero que o leitor tenha tempo e paciência para ler o post de hoje; quero introduzi-lo escrevendo sobre o clássico do penúltimo Sábado, dia 10/12, Real Madrid x Barcelona.

Esse clássico é o maior dos maiores, porque envolve dois times espetaculares, os dois maiores do mundo na atualidade, mas é um confronto que vai além dos limites das quatro linhas, além do futebol, é um clássico de futebol que envolve a política, o confronto do time da capital, o todo poderoso, os merengues do Real Madrid, contra os separatistas catalães. É um confronto de filososfias, tanto relacionadas à política quanto ao futebol, entre os Madrilenhos, que têm o costume de gastar muito dinheiro para comprar grandes jogadores, caros, já formados, montando grandes equipes, com grandes talentos individuais, e os Culés, que investem em suas categorias de base, impondo um jogo coletivo a jogadores com grande talento indivdual, fazendo com que geração após geração, a maior parte do time principal venha jogando junto desde as bases.

Real Madrid x Barcelona (10/12/2011):

O Real começou bem melhor o jogo, marcando forte a saída de bola do Barcelona, e aos 20 segundos do começo da partida, após falha infantil do goleiro Valdés na saída de bola, o Real abre o placar com Benzema; o goleiro do Barça agiu como um jogador inexperiente (o que ele não é) ao bater o tiro de meta rasteiro nos pés de jogador do Real.

Como era de se esperar, o Real não conseguiu manter o pique, a pressão na saída de bola do Barça, dominou os primeiros 20 minutos, mas o time catalão logo tomou conta do jogo; foi só o tempo de o campo secar e a bola parar de rolar tanto, de modo que atrapalhava as enfiadas de bola do Barcelona.

O jogo ficou empatado após bela jogada de Messi, que driblou 3 jogadores e mandou na frente para Alexis Sánchez, que bateu certo e marcou para o time azul-grená. Os jogadores do Real, como sempre, muito nervosos diante do Barcelona, que exceto por Sánchez, estava muito tranquilo. O jogador chileno do Barcelona estava com muita malandragem, tentando cavar faltas, chegou duro em Di María e recebeu cartão amarelo, e apesar do gol estava mal no jogo; o único jogador dos blaugranas a apresentar nervosismo.

É possível que os jogadores do Real estejam tão nervosos, afobados e perdidos por causa da falta da referência do Cristiano Ronaldo, que não estava jogando. Não que ele não estivesse em campo, mas não estava jogando de verdade, ele foi muito mal no jogo, talvez o pior jogador do Real Madrid.

No segundo tempo, num lance de azar do Real, Xavi cutou, a bola desvio em Marcelo, “matando” o goleiro Iker Casillas; 2 a 1 Barça. Com um jogo muito pegado, foi um milagre o Real Madrid terminar a partida com 11 jogadores.

Kaká entrou bem no jogo, no lugar de Ozil, criou duas chances boas de gol, que foram desperdiçadas pelo camisa 7, Cristiano Ronaldo, que não fez absolutamente nada durante toda a partida.

Após cruzamento de Dani Alves, Fábregas marca de cabeça e liquida a partida que já estava ganha. O Barcelona fez o que quis com a bola, não fez mais porque não quis, administrou o jogo todo (exceto pelos primeiros 20 minutos). O tomou a liderança do espanhol (lembrando que o Real tem um jogo a menos) pelo saldo de gols, deu uma aula de futebol, os craques do Real assistiram de pertinho os “imortais” do Braça ensinando como é que se joga bola.

Após o fim de jogo eu tive mais uma certeza, que o Barcelona da geração do Guardiola como técnico é mais do que um time fantástico, espetacular… É um time especial! Um time que entra num patamar diferente, o patamar de times como o Flamengo de 81, como o Ajax dos anos 70, como o Milan de Van Basten… Com certeza quando eu for mais velho eu vou falar com orgulho que eu vi jogar e torci pelo Barcelona do Messi, assim comparando, por exemplo, ao Flamengo de Zico e ao carrocel holandês de 74, de Johan Cruijff.

O Barcelona e o Real Madrid são hoje os dois melhores times do mundo. E para notar a diferença entre o primeiro e o segundo melhor time do mundo é só assistir o jogo que aconteceu no último dia 10 no Santiago Bernabéu, ou então os 5 a 0 do ano passado.

Mundial de Clubes da FIFA:

Eu não tenho muito o que falar sobre o jogo entre Santos e Barcelona, os blaugranas fizeram 4 a 0 no peixe ( 2 de Messi, 1 de Xavi e 1 de Fábregas) como se estivessem fazendo jogo treino; sim, o Barcelona jogou em ritmo de treino. Há quem diga que numa partida de futebol tudo começa 50% para cada lado, mas eu digo que contra o Barcelona começa 30% para quem o está enfrentando. O Santos não jogou seu melhor futebol e não fez tudo que podia, poderia ter dado menos espaço ao time catalão, poderia ter chegado mais firme na marcação, mas ao invés de marcar o que os jogadores do Santos faziam é admirar o time espanhol, ficar pedindo desculpas e fazendo carinho depois de uma faltinha, um beliscãozinho? Se fosse no Brasileirão eles não fariam isso! Mais do que respeitar ele babaram pelos jogadores do Barcelona. Mas que isso sirva de lição para os santistas, que, assim como o Real, tiveram uma bela de uma aula de futebol, como declarou o próprio craque  santista, Neymar. Contudo não podemos crucificar o Peixe, porque mesmo se tivesse dado o seu melhor, ainda assim não seria suficiente para bater os culés, que por sinal adoraram a culinária japonesa: Peixe cru!

O zagueiro e capitão Carles Puyol, um símbolo do Barcelona FC, erguendo a taça de campeão do mundo interclubes.

Será que o Barcelona é imbatível então? Hoje, sim! Acredito que o único modo de parar o Barcelona é jogando da mesma forma que eles, valorizando a posse de bola ofensiva, jogando coletivo, trocando passes até achar espaço na defesa adversária, se movimentando, fazendo troca de posições, e implantando tudo isso desde as categorias de base, geração após geração… Ou seja, algum clube no mundo tem que nascer de novo! Ou talvez não seja necessário tanto, basta começar hoje o trabalho nas categorias de base, para no futuro dar retorno. Esse time do Barcelona vem sendo montado nesse estilo há mais de 20 anos, claro que se aprimorando aos poucos, e hoje em dia ele atingiu o resultado provavelmente máximo desse trabalho, dessa filosofia, que começou a ser moldada quando a lenda, Johan Cruijff, chegou ao clube catalão.

Em 1988, Cruijff voltara ao Barcelona como treinador, onde tinha atuado como jogador, montando o chamado Dream Team (em inglês, Time dos Sonhos). Johan ficou lá até 1996 (permaneceu por 8 anos), tendo conquistado 11 troféus nesse período. Ele implantou sua filosofia, a qual já tinha adotado quando treinara o Ajax: A valorização das categorias de base. Hoje os times dessas categorias do Barcelona chegam a ter 12 divisões, e leva até 15 anos para formar um atleta profissional. O técnico Pep Guardiola sintetizou a filosofia de jogo do time implantada pelo ex-técnico holandês: “os jogadores têm de pensar rápido e jogar com inteligência, sempre sabendo qual será o próximo passe. É assim que aprendemos a jogar e que o público espera que joguemos: de forma atraente, mas sem perder a eficiência. Cruijff nos ensinou a jogar movimentando a bola rapidamente. Ele só usava jogadores de grande técnica. Quando procuramos por jogadores, ainda queremos essas qualidades”. E quem melhor que ele para falar isso? Com 13 anos começou nas bases do Barça, jogou no clube de 1983 até 2001, começando nas categorias de base, fazendo parte do Dream Team, retornando há 3 anos e meio e hoje sendo treinador do melhor Barcelona da história. Após o jogo contra o Santos, na final do mundial, Guardiola frisou a filosofia de La Masia e disse: “Esse jogadores custaram zero euro”; o Barcelona jogou com 9 jogadores formados no clube, apenas os laterais Daniel Alves (brasileiro) e Éric Abidal (francês) não foram formados nas categorias de base catalãs.

Hoje o Barcelona é um dos maiores times da história do futebol, com a maior fábrica de jovens talentos do futebol (La Masia), com o melhor jogador do mundo, sendo base da seleção espanhola campeã mundial, com um futebol que nenhum outro clube no mundo consegue jogar, com um estilo de jogo que une arte e eficiência e com um lema perfeito.

É um time espetacular? Não, é um time especial! Não, é “més que un club”!

Pep Guardiola: Há 3 anos e meio como treinador do Barcelona, venceu 13 dos 16 possíveis títulos; merece todo respeito.

Incomparável; esqueceram do gajo?

•02/11/2011 • Deixe um comentário

Messi ou Neymar? A mídia brasileira e até internacional ultimamente, devido à proximidade com o mundial, está colocando esta comparação como uma forma de competição entre os dois. No final de semana em que o Messi fez 3 gols, o Neymar fez 4, e aí os tablóides colocam isso como um feito incrível e exaltam o Neymar, como se com isso ele estivesse ganhando do Messi a disputa pelo título de melhor do mundo; só para constar, ontem, na UEFA Champions League, o argentino marcou 3 gols de novo.

Isso é inadmissível! Alto lá! O Neymar no “jogo de 4” só marcou um gol bonito, um gol realmente “dele”, mas os outros gols foram puro oportunismo; não desmerecendo o “crista de galo”, afinal um bom atacante também é feito de oportunismo. Mas a questão é que o Neymar, como até já foi feito por mim aqui no blog, erroneamente, está sendo colocado num patamar no qual ele não está de verdade! O Neymar vai precisar jogar muita bola ainda para chegar no nível do Messi, e isso se chegar! O santista joga no Brasil, que tem um nível inferior ao do futebol europeu, com uma marcação muito mais fraca, com muito mais espaço, mas eu queria ver ele fazer diferença, como o Messi faz, num campeonato como a UEFA Champions League. É impossível comparar a Champions com a Libertadores! Enquanto na Libertadores da América você disputa com times como Peñarol, LDU e até os times brasileiros, no torneio europeu você disputa com Manchester United, Chelsea, Manchester City, Real Madrid, Bayern de Munique… O Messi, hoje, é imcomparável, é absoluto, não questionando o talento do Neymar, mas o Lionel é o que é porque o que ele faz é diferente do que qualquer outro jogador no mundo faz, o que ele faz ninguém copia, quase ninguém consegue fazer, e po isso ele é o melhor. Mas os dribles e firulas que o jogador do Santos faz, vários outros jogadores, até de pelada do meu bairro, conseguem copiar.

E quanto ao Cristiano Ronaldo?! Esqueceram dele?! O Neymar não só está longe do Messi como também é consideravelmente inferior ao Cristiano Ronaldo. Ficam colocando Messi e Neymar frente a frente e esquecem que na realidade a disputa do prêmio de melhor do mundo é entre Messi e Cristiano Ronaldo, e não entre Messi e Neymar!

Por falar em prêmio de melhor do mundo, a FIFA divulgou a lista final dos 23 postulantes ao título de melhor do mundo. Confira:

Andres Iniesta (Espanha, FC Barcelona)
Cesc Fábregas (Espanha, FC Barcelona)
David Villa (Espanha, FC Barcelona)
Gerard Piqué (Espanha, FC Barcelona)
Iker Casillas (Espanha, Real Madrid)
Xabi Alonso (Espanha, Real Madrid),
Xavi Hernandez (Espanha, FC Barcelona)
Bastian Schweinsteiger (Alemanha, Bayern de Munique)
Mesut Özil (Alemanha, Real Madrid)
Thomas Müller (Alemanha, Bayern de Munique)
Lionel Messi (Argentina, FC Barcelona)
Sergio Agüero (Argentina, Manchester City)
Daniel Alves (Brasil, FC Barcelona)
Neymar (Brasil, Santos)
Eric Abidal (França, FC Barcelona)
Karim Benzema (França, Real Madrid)
Cristiano Ronaldo (Portugal, Real Madrid)
Nani (Portugal, Manchester United)
Diego Forlán (Uruguai, Inter de Milán)
Luis Suárez (Uruguai, Liverpool)
Samuel Eto’o (Camarões, Anji Makachkala)
Wesley Sneijder (Holanda, Inter de Milán)
Wayne Rooney (Inglaterra, Manchester United)

Lembrando que para os jogadores atuando no futebol europeu, o período que conta para essa premiação é de Agosto do ano passado até Julho desse ano. Neymar está confirmado na lista e a lista final que divulgará os 3 concorrentes finais será divulgada no dia 5 de Dezembro. Vamos fazer o seguinte, fazer eliminação dos improváveis jogadores que disputam o título, diminuindo para 5 o número de 23 jogadores:

Iniesta (Barcelona-ESP)
Xavi (Barcelona-ESP)
Messi (Barcelona-ESP)
Neymar (Santos-BRA)
Cristiano Ronaldo (R. Madrid-ESP)
Rooney (Man. United-ING)

Eu acho possível que o brasileiro fique entre os 3, mas só se for em 3º, e ainda assim, muito difícil ganhar de Xavi e Iniesta. O mundial no Japão, na minha opinião, vai ser um grande divisor de águas, e esclarecedor, definitivo nessa questão da Bola de Ouro.

É isso, um beijo do magro!

Bola de Ouro Messi Guardiola (Foto: EFE)

Golaaaaço!

•02/10/2011 • Deixe um comentário

Que gol foi esse?! O jogador suíço Eren Derdiyok, do Bayern Leverkusen, marcou o gol que colocou o time na frente por 2 a 1 com grande estilo, recebendo um bolão, dominando dentro da área e ali mesmo deu um lençol e um gol de bicicleta. Vale a pena conferir; um gol que com certeza pode disputar o prêmio de mais bonito do ano na premiação da FIFA.

8 minutos de guerreiros

•03/09/2011 • Deixe um comentário

O time do Fluminense, neste Sábado, jogou contra o Atlético-GO, fez um jogo muito ruim; tomou um gol de falta e outro de pênalti (2 a 0). Para se ter noção de como a situação do time era arrasadora, Rafael Moura perdeu um pênalti quando o time estava perdendo por 1 a 0, e na jogada seguinte, do Atlético, Digão derruba jogador do time goianiense dentro da área tricolor e o juíz marca pênalti (bem marcado); 2 a 0, e que situação para o He-Man (Rafel Moura). O Fluminense realmente estava e foi horrível o jogo inteiro… Bom, quase inteiro, porque em 8 minutos, a partir do minuto 37 do segundo tempo o time encorporou de forma devastadora aquele antigo time de guerreiros, e fez simplesmente 3 gols!!! Uma virada incrível, improvável, guerreira, indescrítivel, com 3 gols em apenas 8 minutos! Aos 37, Rafael Sóbis, que tinha entrado em campo recentemente, diminuiu a diferença no placar, depois fez outro aos 41 e igualou o placar, e a torcida ficou incendiada, o juiz deu 4 de acréscimos, e empurrado pela torcida, aos 45, após cobrança de falta de Marquinho, ele, que anteriormente era um vilão da partida, Rafel Moura subiu na área e, de cabeça, fez o gol da virada, se redimindo do pênalti perdido e se tornando o herói da partida.

Essa partida me lembra o jogo do Fluminense contra o Cruzeiro no final do Brasileirão de 2009, em que o Flu estava numa situação que parecia irreversível, na zona de rebaixamento, praticamente rebaixado, com chances de quase 99% de rebaixamento. O Cruzeiro, assim como o Atlético-GO fez hoje, abriu 2 a 0 no marcador, mas incrivelmente, virou e ganhou por 3 a 2. E a partir desse jogo o Fluminense iniciou uma reação espetacular, com uma série de vitórias incontestáveis, vencendo todos os jogos seguintes, a não ser o último, no qual empatou com o Coritiba e rebaixou o coxa; e com isso se livrou do rebaixamento.

Bom, tomando isso como base, espero que a história se repita e que o Tricolor dê início a uma série impressionante de vitórias e que nessa reta final o Flu consiga ocupar o G4, ou quem sabe, ser até mais ousado e improvável, como foi em 2009, sendo campeão, ou melhor, bicampeão brasileiro. E isso não é loucura, pois times como Corinthians e Flamengo, que estão sempre disputando as primeiras posições, já não estão jogando tão bem, nem vencendo tanto, então não fica tão difícil assim essa missão impossível, afinal, para o Fluminense não existe nada impossível.

Top 10 – Técnicos Brasileiros

•02/08/2011 • 3 Comentários

1º- Muricy Ramalho (Santos)

2º- Luxemburgo (Flamengo)

3º- Dorival Júnior (Atlético-MG)

4º- René Simões (Bahia)

5º- Renato Gaúcho (Grêmio)

6º- Ney Franco (Seleção Sub-20)

7º- Mano Menezes (Seleção Brasileira)

8º- Cuca (Sem clube)

9º- Joel Santana (Cruzeiro)

10º- Tite (Corinthians)

Obs: Essa lista é baseada em pensamentos meus, então se você questiona técnicos como René Simões ou Renato Gaúcho, não foi sem critérios que eu os coloquei onde estão, e sim pelo vi fazerem.

Critérios: As colocações são baseadas numa média de colocação de cada um em análises de vitórias, títulos, reconhecimento de trabalho, nível de clubes que já treinaram, controle sobre o elenco, inteligência tática  e psicológica e até mesmo conflitos com jogadores, diretoria ou torcida.

Aceito e quero opiniões, claro.

Um “time de loucos”, um exemplo!

•31/07/2011 • Deixe um comentário

Corinthians, um exemplo de time. Primeiro lugar disparado no Brasileirão, terceiro lugar no último Brasileirão, um elenco recheado de bons, ótimos jogadores e estrelas, o clube mais rico do Brasil, com a maior receita, uma boa estrutura… É, na minha opinião, hoje, o maior clube do Brasil.

O Corinthians sabe explorar e gerenciar como nenhum outro clube  do país algo que rende muito dinheiro, o marketing. O Corinthians tem, nos últimos anos, contratado grandes jogadores, grandes estrelas do futebol, como Ronaldo, Roberto Carlos, Adriano, Liedson, Alex… Isso reflete o fato de que o Corinthians sabe ganhar dinheiro, pagando todas as despesas desses craques com o marketing deles próprios, como foi claramente o caso do Ronaldo, assim fazendo com que o próprio jogar “produza” dinheiro para pagá-lo e fazendo com que o torcedor é que pague o jogador. E então isso nos remete a pensar: “Então o clube está fazendo o torcedor de bobo! O torcedor está sendo burro em sustentar o time!” Mas é exatamente essa a intenção! Que o torcedor se sinta parte do time, que o torcedor se sinta importante para o clube!

Outros clubes brasileiros, como o Flamengo, não sabem utilizar esse marketing, desta forma não adiantando nada ter a maior torcida. E, claro, sem preconceito, isso também se deve ao fato de uma gigante parte dessa torcida ser de regiões periféricas, com menos recursos financeiros. Por exemplo: Há um tempo atrás o Flamengo ficou 2 meses sem vender camisas do Ronaldinho, e isso é muito tempo em vista do que é o Ronaldinho Gaúcho. E o pior é que as consequências não ficam só em arrecadar menos do que o Corinthians, por exemplo, mas também em um endividamento muito grande, tornando assim o saldo do clube negativo. Enquanto o Corinthians é o que mais arrecada (181 milhões de reais por ano), é apenas o 12º em maior dívida (99,8 milhões), e quanto ao Flamengo, é o 6º que mais arrecada (120 milhões), porém com uma dívida de 308,3 milhões é o 5º que mais deve. Contudo, mesmo com tanta dívida o Flamengo ainda não tem uma estrutura equivalente a um clube tão grande.

Outro exemplo é o Fluminense, que é o clube com o maior saldo negativo de todos os brasileiros. Sendo o 12º que mais arrecada (61,3 milhões por ano), é o 4º que mais deve (368,4 milhões de reais). Agora, o Fluminense ganha menos ainda do que o Flamengo com maerketing, tem estrutura muito pior, dívidas maiores e um elenco bem inferior.

Analisando tudo isso, conclui-se que o principal responsável para manter um clube é o torcedor. Se o torcedor mantém o clube, então porque não investir no torcedor? Melhorando os estádios, criando programas sócio-torcedor, promoções, que beneficiem os torcedores, visando o conforto dos mesmos, dando importância ao torcedor. Agora com a Copa do Mundo de 2014, os recentes Jogos Militares, a Copa das Confederações de 2013 e as Olimpíadas de 2016, todos realizados no Brasil, esses clubes tem é que investir em estádios. O Corinthians está fazendo muito bem em construir o estádio Fielzão, assim fazendo com que a renda já maior do Brasil fique maior ainda.

Mas até que ponto vale a pena um clube, por exmplo o Fluminense, que não tem uma torcida de quantidade tão expressiva quanto Flamengo e Corinthians (as duas respectivamente maiores do país), investir tanto no torcedor? Será que é o melhor caminho? Não. O maior exemplo da solução é o clube inglês Manchester City. Comprado por um empresário bilionário, explorador de petróleo do Oriente Médio, o clube que era de pouca expressão vem reforçando o seu elenco com contratações bombásticas e milionárias e alcançando posições cada vez mais altas em campeonatos, recentemente se classificando para a UEFA Champions League. Tomando como exemplo o City, talvez seja a hora de clubes brasileiros se tornarem clubes empresas, entrando de vez para brigar pelo alto status no futebol mundial, se colocando no nível de clubes grandes da Inglaterra, Itália e Espanha, se equivalendo no poder financeiro e se tornando o 4º grande campeonato do mundo. Nós estamos a caminho desse patamar, primeiro porque temos o melhor campeonato, por ser o mais disputado, segundo porque temos adquirido grandes estrelas nos últimos anos, dando mais visibilidade aos nossos campeonatos e terceiro, porque nos últimos tempos os salários nos nossos clubes tem aumentado muito e já se equivalem a clubes europeus, mas o que ainda emperra negociações de jogadores da Europa para o Brasil é o fato de não disputarem a UEFA Champions League, que é de fato o maior e melhor torneio do mundo, contra os melhores times do mundo, e que todo jogador tem o sonho de pelo menos participar. Talvez a solução seja meio maluca, mas se criassem um torneio que reunisse vários clubes sul-americanos e europeus com fase de pontos corridos e mata-mata, parecido com a Champions, esse quadro poderia mudar. Bom, tudo é não passa de uma viagem na imaginação, mas quem sabe!

P.S.: Outro ponto que gostaria de destacar são os clubes em que os torcedores compram ações do mesmo, que também poderia solucionar esses problemas financeiros dos nossos clubes, porém só funcionaria para clubes com torcidas não tão pequenas e com torcedores com bom poder aquisitivo.

Caso Tévez: A possível volta do astro, argentino, Carlos Tévez, seria um passo enorme para a vinda de grandes estrelas do futebol mundial para clubes brasileiros, sem contar que a receita de marketing do Corinthians, que já é enorme, iria dar um salto gigantesco.